quarta-feira, novembro 01, 2006

Benicio Del Toro será Che Guevara em seqüência de filmes


Está tudo pronto para que Steven Soderbergh comece a filmar duas fitas sobre Che Guevara, que será interpretado pelo porto-riquenho Benicio Del Toro, 39. O elenco terá ainda o espanhol Javier Bardem, a alemã Franka Potente e o americano Benjamin Bratt, noticiou nesta terça-feira a imprensa em Hollywood.Segundo a revista "Variety", referência da indústria do cinema americano, o primeiro filme, "The Argentine", se dedica ao momento em que o líder revolucionário deixa seu país para se somar ao movimento de cubanos no exílio, liderado por Fidel Castro no México, em 1956, no início do movimento popular que depôs o ditador cubano Fulgencio Batista.

O segundo, intitulado "Guerrilla", busca mostrar o revolucionário nos Estados Unidos, quando viaja a Nova York e fala na ONU (Organização das Nações Unidas) em 1964.O primeiro filme começará a ser rodado em maio, no México, e terá também como locações várias regiões sul-americanas. Os dois roteiros correrão por conta de Peter Buchman, com quem o próprio Del Toro trabalhou para traduzir vários diálogos, a maioria dos quais será em espanhol. A idéia de levar Che para o cinema nasceu quando Soderbergh trabalhou com Benicio Del Toro no filme "Traffic", que rendeu ao ator porto-riquenho o Oscar de melhor ator coadjuvante em 2000.Os filmes serão realizados em colaboração com a Espanha, por meio da empresa Morena Films e da emissora Telecinco, que está em conversações finais para participar dos projetos.Soderbergh foi alçado à fama com o longa "Sexo, Mentiras e Videotape", de 1989, e desde então emplacou vários sucessos, entre os quais "Erin Brocovich - Uma Mulher de Talento", com Julia Roberts.



Fonte:Folha Online

Che Guevara

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che (Rosário, Argentina, 14 de Junho[1] de 1928 ? La Higuera, Bolívia, 9 de Outubro de 1967) foi um dos mais famosos revolucionários marxistas da História.

O revolucionário Che Guevara atuou como repórter fotográfico em uma carreira de êxito. Cobriu o Pan-Americano de 1953 por uma agência de notícias Argentina no México. Há uma exposição com duzentas imagens produzidas por Che percorrendo as capitais mundiais.
Em 1952, com o seu amigo Alberto Granado, bioquímico, Guevara realiza um sonho: atravessa a América do Sul numa velha motocicleta Norton 500cc conhecida pelo nome de La Poderosa II. Nessa viagem, Guevara começa a ver a América do Sul como uma única entidade econômica e cultural que precisa unir-se. Ao visitar as minas de cobre, as povoações indígenas e os leprosários, Ernesto dá mostras de seu profundo humanismo, vai crescendo e agigantando seu modo revolucionário de pensar e seu firme antiimperialismo.
Em julho de 1953, inicia sua segunda viagem pela América Latina. Nessa oportunidade visita Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Na Guatemala conhece Hilda Gadea, com quem se casa e de cuja união nasce sua primeira filha.
Diante da visão de miséria e impotência das massas, conclui que a única maneira de acabar com as desigualdades sociais é a revolução socialista. De volta à Argentina, ele acaba os estudos de Medicina em 1953 e passa a se dedicar à política.

Em 1954, no México através de Ñico López, um amigo das lutas na Guatemala, ele conhece Raul Castro que logo o apresentaria a seu irmão mais velho, Fidel Castro. Este último organiza e lidera o movimento guerrilheiro 26 de Julho, ou M26, em referência a Jose Martí e que tem por objetivo tomar o poder em Cuba. Guevara faz parte dos 82 homens que partem para Cuba em 1956 com Fidel Castro e dos quais só 12 sobreviveriam.

É durante esse ataque que Che, o médico do grupo, larga a maleta médica por uma caixa de munição de um companheiro abatido, um momento que tempos depois ele iria definir como o marco divisor na sua transição de doutor a combatente.
Em seguida eles se instalam nas montanhas da Sierra Maestra de onde iniciam a guerrilha contra o ditador cubano Fulgêncio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos.

Os rebeldes lentamente se fortalecem, aumentando seu armamento e angariando apoio e o recrutamento de muitos camponeses, intelectuais e trabalhadores urbanos. Guevara mostra grande coragem, talento em combate, e crueldade com os inimigos e logo se torna um dos homens de confiança de Fidel Castro. Guevara toma a responsabilidade de medico revolucionario, mas em pouco tempo, foi se tornando naturalmente líder, e seguido pelos rebeldes.


Após a vitória dos revolucionários em 1959, Batista exila-se em São Domingos e instaura-se um regime comunista em Cuba, comandado por Fidel Castro.
Guevara, então braço direito de Fidel, torna-se um dos principais dirigentes do novo estado cubano: Embaixador, Presidente do Banco Nacional, Ministro da Indústria. Mas rapidamente, apesar de marxista-leninista convicto, ele opõe-se à URSS, então principal força de apoio ao regime cubano e é progressivamente deixado de lado por Fidel Castro.
Che esteve oficialmente no Brasil em abril de 1961, quando foi condecorado pelo então Presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul.


Em 1965, Guevara deixa Cuba para propagar os ideais da revolução cubana pelo mundo com ajuda de voluntários de vários países latino americanos.
Ele parte primeiramente para o Congo, na África (onde encontra-se com Kabila mas em quem ele não tem confiança). Após o fracasso dos combates no Congo, parte para a Bolívia, onde tenta estabelecer uma base guerrilheira para lutar pela unificação dos países da América Latina. Mas enfrenta dificuldades com o terreno desconhecido e em conquistar a confiança dos camponeses. É finalmente cercado e capturado em 8 de outubro de 1967 e executado no dia seguinte por soldados bolivianos na aldeia de La Higuera, possivelmente sob as ordens de agentes da CIA, agência de inteligência norte-americana. Os boatos que cercaram a execução de Che Guevara levantaram dúvidas sobre a identidade real do guerrilheiro, que utilizava documentos uruguaios falsos. A confusão estabelecida em torno do caso culminou no desaparecimento do seu corpo, que só foi encontrado trinta anos depois.

A imagem do Che é mítica em toda a América Latina. Na localidade onde foi assassinado em 1967 ergue-se atualmente uma estátua em sua homenagem. Passou a ser conhecido na região como "San Ernesto de La Higuera" e é cultuado como santo pela população local.
Em 1997 seus restos mortais foram encontrados por pesquisadores numa vala comum, junto a outras ossadas, na cidade de Vallegrande, a cerca de 50 Km de onde ocorreu a sua execução. Sua ossada estava sem as mãos, que segundo consta em relatos não oficiais, teriam sido amputadas para o reconhecimento de sua identidade logo após a sua morte. Seus restos mortais foram transferidos para Cuba, onde em 17 de outubro deste mesmo ano são enterrados com honrarias de Estado na presença de membros da sua família e do líder cubano e antigo companheiro de revolução Fidel Castro.

O atual regime cubano ainda se vale da imagem de Che Guevara para manter uma imagem positiva junto à sociedade.

A reprodução da imagem de Che Guevara em camisetas, posters etc., em especial a partir da famosa foto tirada por Alberto Korda, tornou-a a segunda imagem mais difundida da era contemporânea, ficando atrás apenas da imagem de Jesus Cristo.

Um comentário:

Chantinon disse...

Como fato historico, otimo ser lembrado. Como lider e santo, acho exagero.
Só espero que o filme sobre ele não o torne uma figura grandiosa, coisa que ele não era.
Guerrilha e terrorismo andam de mãos dadas, e não é disso que o mundo precisa.